Saiba como o estresse no trabalho pode impactar sua saúde mental e levar à síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout é um problema crescente, afetando 30% dos trabalhadores brasileiros, especialmente mulheres. Conheça os sintomas e tratamentos.
11/07/2024 11:28
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Em um mundo onde a produtividade é frequentemente exaltada, a saúde mental pode ficar em segundo plano. A síndrome de Burnout, conhecida também como esgotamento profissional, tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente em profissões de alta demanda.

O problema ganhou destaque recentemente com a história de Isabella Camargo, ex-apresentadora da TV Globo, que se tornou um símbolo da luta contra esse mal silencioso. Dedicada e apaixonada pelo seu trabalho, Isabela enfrentava uma batalha invisível. Em 2018, ela teve um apagão ao vivo e foi diagnosticada com a síndrome de Burnout após anos de exaustão acumulada devido à pressão constante do trabalho.

A síndrome de Burnout é caracterizada por três dimensões principais: despersonalização, baixa realização no meio profissional e um alto nível de exaustão mental. Ela é desencadeada por estresse crônico no trabalho, podendo levar à exaustão física e mental. Segundo a psicóloga Flávia Poli, a síndrome pode se manifestar com sintomas físicos como dores de cabeça, bruxismo, gastrite, problemas intestinais, insônia e irritabilidade.

O tratamento para a síndrome de Burnout envolve múltiplas profissões. É fundamental auto-observar-se sem julgamento, identificar a origem do cansaço e da irritabilidade e procurar ajuda de um psicólogo para avaliação e acolhimento. Em casos mais graves, pode ser necessário acompanhamento de um médico psiquiatra e intervenções medicamentosas.

Flávia Poli destaca a importância de trabalhar internamente essa pressão e aprender a estabelecer limites no trabalho. "Todo excesso esconde uma falta. Se você está muito focado em conquistar e não consegue descansar, provavelmente terá contato com esse estresse crônico e poderá chegar ao esgotamento físico e mental", afirma a psicóloga.

Atualmente, o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos diagnosticados de Burnout, afetando cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros, especialmente mulheres.