Aumento repentino no preço da gasolina levanta suspeitas de prática abusiva em Porto Velho
O reajuste inesperado no valor do litro da gasolina nos postos de Porto Velho antes da elevação da alíquota do ICMS tem gerado preocupação e indignação entre os consumidores. A prática, que pode ser caracterizada como especulação abusiva, levanta suspeitas sobre uma possível combinação de preços entre os empresários do setor.
Até a última terça-feira (28), o preço médio da gasolina na capital rondoniense era de R$ 6,99. No entanto, um dia após o anúncio da nova alíquota de ICMS, que entrará em vigor neste sábado (1), os valores subiram para R$ 7,28 em diversos postos. A expectativa é de que, com o novo imposto, o preço do combustível ultrapasse os R$ 8, um dos maiores já registrados na cidade, chegando a se aproximar dos valores cobrados em municípios isolados do estado do Acre.
O reajuste do ICMS em Rondônia será um dos mais altos da região Norte, atingindo 26%. No entanto, especialistas alertam que a antecipação no aumento dos preços não se justifica apenas pela tributação, o que pode configurar uma violação ao Código de Defesa do Consumidor.
Na Câmara Municipal, alguns vereadores já se movimentam para tentar conter os aumentos abusivos, mas a população demonstra ceticismo quanto à efetividade dessas ações. Em legislaturas anteriores, uma CPI foi instaurada para investigar um possível cartel dos combustíveis, mas não trouxe respostas concretas à sociedade.
A repetição dessa prática reforça as suspeitas de um alinhamento entre os proprietários de postos, que estariam manipulando os preços em prejuízo dos consumidores. A necessidade de uma fiscalização mais rígida por parte dos órgãos competentes se torna evidente, para garantir que os cidadãos não sejam explorados por reajustes arbitrários no valor do combustível.
