Representantes da Fazenda Guarani destacam terroir capixaba no VII Concurso Nacional de Cacau

Ana Cláudia Milanez e Eduardo Zucolotto, da Fazenda Guarani, levou a identidade do cacau capixaba ao VII Concurso Nacional de Cacau Especial, em Cacoal, destacando terroir diferenciado, tradição familiar, qualidade e desafios da produção no Espírito Santo
Há 13 horas
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A participação da Fazenda Guarani, do Espírito Santo, foi um dos destaques do VII Concurso Nacional de Cacau Especial – Sustentabilidade e Qualidade, realizado em Cacoal (RO). Representando a propriedade, o casal Ana Cláudia Milanez e Eduardo Zucolotto concedeu entrevista ressaltando a força da cacauicultura capixaba, o diferencial do terroir da região e a evolução da qualidade dos grãos produzidos no estado.

Logo no início da entrevista, Ana Cláudia agradeceu pela receptividade em Rondônia e celebrou o momento:
“É uma honra e uma felicidade chegar numa cidade tão hospitaleira. Estamos acostumados a ganhar prêmios, mas este é especial porque representa o cacau nacional.”

O casal explicou que a Fazenda Guarani possui um terroir único, que confere identidade sensorial distinta às amêndoas:
“Nossa fazenda tem o diferencial do terroir, que é demais. É um cacau menos amargo e com mais cultura sensorial.”

Eduardo Zucolotto complementou destacando a força do setor no Espírito Santo, estado que vem conquistando espaço entre os melhores produtores nacionais de cacau especial. O casal mencionou o orgulho de conquistar reconhecimento em concursos e certificações, sobretudo por representar uma região com tradição familiar profunda no cultivo.

Ambos ressaltaram a importância da Indicação Geográfica (IG) capixaba como fator de valorização da produção:
“A IG nos dá grande reconhecimento, pois representa o trabalho de todos os produtores que lutam pela qualidade.”

Outro ponto levantado foi o papel do trabalho humano na fazenda, onde muitos colaboradores atuam há duas décadas:
“Temos funcionários há mais de 20 anos com a gente. Eles vestem a camisa e ajudam a construir essa história. Isso é raro hoje em dia.”

O casal também falou sobre os desafios enfrentados pelos produtores no Espírito Santo, destacando principalmente a escassez de mão de obra:
“O maior desafio hoje é encontrar mão de obra disponível e qualificada. Isso tem diminuído muito.”

Encerrando a entrevista, Ana Cláudia deixou uma reflexão sobre o valor nutricional e cultural do cacau, além do legado deixado pelo pai:
“O cacau é a fruta com maior poder antioxidante do mundo. Faz bem para tudo. Meu pai tinha razão quando deixou a fazenda para mim. Quem entra nesse ramo se apaixona.”