A ponte que liga Alvorada do Oeste a Nova Brasilândia D’Oeste, foi severamente danificada após um incêndio registrado na noite desta quarta-feira (26). A estrutura, construída sobre o rio Novo Mundo, é considerada uma das principais rotas de circulação para moradores, produtores rurais e trabalhadores que utilizam a via para chegar a Castanheiras, Presidente Médici e demais regiões próximas.
A ponte já apresentava problemas estruturais há anos e, por isso, estava parcialmente interditada pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Caminhões e máquinas pesadas estavam proibidos de passar, enquanto veículos pequenos ainda eram autorizados, mas com restrições. Motoristas precisavam descer passageiros antes da travessia para diminuir o peso sobre a estrutura, que já dava sinais de comprometimento.
Mesmo sem confirmação oficial, moradores levantam a possibilidade de ação criminosa, embora o caso ainda dependa de investigação. Muitos usuários acreditam que a destruição completa da ponte pode acelerar a decisão do Estado quanto à necessidade de uma nova construção demanda antiga e frequente na região.
Os relatos de acidentes são numerosos. Motociclistas já sofreram quedas e fraturas devido às pranchas enfraquecidas, e proprietários de caminhonetes contabilizaram prejuízos ao tentar cruzar o local. A situação, que já era crítica, agora se torna ainda mais grave com a inutilização total da ponte.
A estrutura, que havia recebido serviços de recuperação em 2020, possui cerca de 150 metros de extensão e cinco metros de largura. Ela faz parte da Linha 48, em Alvorada do Oeste, um corredor essencial para o transporte de mercadorias e o deslocamento de moradores de Castanheiras. O fluxo de veículos na via é intenso, principalmente de caminhões carregados com milho e outros produtos agropecuários.
Com o incêndio, moradores temem dificuldades ainda maiores. A travessia fica completamente interrompida e rotas alternativas são longas, desgastadas e pouco adequadas para veículos de grande porte. O impacto deve afetar diretamente a economia local, o escoamento agrícola e o deslocamento de trabalhadores.
A Polícia e os órgãos responsáveis devem investigar as causas do incêndio nos próximos dias. Enquanto isso, a comunidade aguarda uma solução definitiva para garantir segurança e mobilidade, evitando que o problema se prolongue e gere novos prejuízos.
