A incrível jornada de Angélica Teixeira, a mulher de 105 anos que viu o mundo mudar

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Quem a vê com sua vitalidade, sorriso no rosto e uma cervejinha na mão, mal imagina que Angélica Teixeira nasceu em um Brasil e em um mundo completamente diferentes. No dia 7 de setembro de 1920, data que viria a se tornar o Dia da Independência anos mais tarde, Angélica veio ao mundo no Rio de Janeiro. Hoje, aos impressionantes 105 anos, ela vive em Rondônia e carrega em si uma memória que percorre mais de um século de transformações.

Angélica não apenas leu sobre os grandes eventos do século XX e XXI, ela os viveu. Com apenas 9 anos, testemunhou o início da Grande Depressão em 1929, uma crise econômica global que redefiniu a economia e a vida de milhões.

Sua juventude foi marcada pelo terror da Segunda Guerra Mundial, o conflito mais devastador da história. Ela acompanhou os horrores da perseguição e a luta pela liberdade, culminando no lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, um evento que marcou o fim da guerra e o início da era nuclear.

Na meia-idade, Angélica viu a humanidade dar passos gigantes rumo ao futuro. Ela se lembra de ver a cadela Laika ser enviada ao espaço em 1957, o primeiro ser vivo a orbitar a Terra, e, anos depois, em 1969, presenciou o impossível se tornar realidade com a chegada do homem à Lua.

As décadas seguintes trouxeram avanços que Angélica jamais poderia ter imaginado: o surgimento dos computadores, dos celulares e, mais recentemente, de invenções como a inteligência artificial. Ela viu o mundo migrar da era analógica para a digital, um salto tecnológico que a maioria de nós toma como garantido, mas que para ela é uma revolução constante.

Mas a vida de Angélica não foi apenas uma sucessão de grandes eventos históricos. Em 1940, ela se casou com Deonizio Augusto, com quem viveu uma longa união até 1991. Juntos, construíram uma grande família, com 13 filhos. 8 homens e 5 mulheres. Hoje, essa descendência se espalha, e no seu último aniversário, dezenas de herdeiros se reuniram para celebrar a matriarca.

Atualmente morando na zona rural de Santa Luzia d’Oeste, Angélica Teixeira continua a ser um exemplo de vitalidade. Mesmo com mais de um século de vida, ela ainda trabalha e encontra tempo para um de seus prazeres: uma cervejinha gelada para relaxar. A história de Angélica é uma celebração da longevidade, da resiliência e de uma vida que, de forma única, testemunhou a história do mundo.