Superintendência Estadual do Indígena fortalece representatividade e lança projetos em defesa da cultura e do território na Rondônia Rural Show

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Atualizado Há 1 semana
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Ji-Paraná (RO), 29 de maio de 2025 – Criada na segunda gestão do governador Marcos Rocha, a Superintendência Estadual do Indígena representa um marco histórico na política pública voltada aos povos originários de Rondônia. Em entrevista exclusiva durante a 12ª Rondônia Rural Show Internacional, o superintendente Gasodá Suruí destacou os avanços, desafios e a importância de dar voz e estrutura às quase 60 etnias indígenas presentes no estado.

“A superintendência nasce para representar os povos indígenas dentro do governo do estado, com o compromisso de levar políticas públicas respeitando a diversidade cultural de cada povo”, afirmou.

Diversidade e inclusão: 22 territórios e mais de 21 mil indígenas
O estado abriga 58 a 59 povos distintos, que vivem em 22 territórios diferentes, alguns ainda com povos isolados. Segundo Gasodá, a superintendência atua como ponte entre essas comunidades e o poder público, reconhecendo as diferentes línguas, modos de vida e tradições.

“Não existe um único modelo. Cada povo tem sua cultura, idioma, culinária, forma de viver. Nosso papel é construir políticas públicas de forma participativa e respeitosa”, destacou.

Projetos em andamento: saúde, agricultura e fortalecimento cultural
A superintendência está em fase de estruturação e atua em diversos eixos:

Levantamento socioeconômico das aldeias;

Implantação de fossas biodigestoras e ações de saneamento básico;

Apoio à agricultura indígena com sistemas de irrigação, combatendo os impactos da seca;

Promoção do turismo de base comunitária indígena, em parceria com a Setur.

“Nossos projetos nascem do diálogo direto com as comunidades. Fomos até as aldeias ouvir homens, mulheres e jovens para entender as reais necessidades”, explicou Gasodá.

Cultura indígena como prioridade
A perda de línguas originárias e tradições preocupa o superintendente. Muitos jovens deixam as aldeias para estudar e acabam perdendo o vínculo com sua cultura. A superintendência atua para manter viva a identidade indígena, com incentivo à educação bilíngue e à valorização das práticas culturais.

“Precisamos equilibrar o desenvolvimento agrícola com o fortalecimento cultural. A agricultura indígena é orgânica por essência, e isso é uma herança cultural que merece respeito e reconhecimento”, disse.

Educação, segurança territorial e combate à desinformação
Além de acompanhar questões como invasões de terra e ações climáticas, a superintendência também atua na defesa de uma educação indígena de qualidade e no enfrentamento de estigmas sobre o papel do indígena na sociedade.

“O indígena é agricultor, é empreendedor, é educador. O turismo, por exemplo, mostra o quanto as comunidades contribuem com o desenvolvimento do estado”, reforçou Gasodá, ele mesmo doutor em Geografia e incentivador de projetos sustentáveis em seu território.

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