PF deflagra operação, bloqueia R$ 24 milhões e apreende carrões de garimpeiros; investigado em Rondônia foi um dos alvos
Todos os investigados foram localizados e responderão criminalmente pelos danos ambientais
![| Fonte: Foto: PF/RO](https://cdn.rolimnoticias.com.br/img/cache/w1024webp/assets/comum/2025/02/06/9e25ecfc-71c6-4c58-9948-e81e47b9c97a.jpg)
A operação "Munduruku Log" da Polícia Federal cumpriu ontem, 18 mandados de busca e apreensão contra empresários envolvidos a crimes ligados ao garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Munduruku, em Jacareacanga, no sudoeste do Pará.
As buscas e apreensões foram em sete cidades de três Estados:
• Pará: Jacareacanga, Santarém, Itaituba e Novo Progresso
• Mato Grosso: Sinop e Alta Floresta
• Rondônia: Porto Velho
Segundo a PF, foram apreendidos veículos de luxo, motocicletas de grande cilindrada, documentos, joias e ouro, provavelmente extraído ilegal da TI Munduruku.
Os agentes também efetuaram o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 24 milhões.
INVESTIGAÇÕES
A PF informou que as investigações começaram com a identificação de comércios em Jacareacanga que davam suporte à extração ilegal de ouro dentro da TI.
Entre as ações estão fornecimento de combustível para balsas e escavadeiras hidráulicas; transporte de maquinários pesados pelos rios da região; facilitação do transporte aéreo do ouro por pistas de pouso clandestinas e viabilização de comércio no mercado ilegal.
Com o início da retirada de não indígenas da TI Munduruku, a chamada desintrusão, em novembro de 2024 e a prisão de diversas pessoas envolvidas com o garimpo ilegal, a PF confirmou que investigados migraram para outras cidades do Pará e até para outros estados.
Todos os investigados foram localizados e responderão criminalmente pelos danos ambientais, pela usurpação de bens públicos da União e pelos crimes contra o povo indígena Munduruku, incluindo a violação de terra, cultura e costumes.
As penas somadas podem chegar a 12 anos de prisão.