Ações para enfrentar crise hídrica em Rondônia são intensificadas em municípios com risco extremo e grave

26/08/2024 16:08
Atualizado 26/08/2024 16:10
 | Fonte: Foto: Kelly Cristina P. Barros
Foto: Kelly Cristina P. Barros

Em resposta à crise hídrica que já afeta rios de Rondônia neste verão amazônico, o governo de Rondônia tem intensificado as ações para amenizar os impactos da escassez hídrica na região, com as atividades previstas no Plano de Urgência e Contingência elaborado pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), principalmente nos municípios considerados de riscos extremo e grave.

O diretor técnico e operacional, Lauro Fernandes, juntamente a equipe de Engenharia da Companhia visitou várias cidades fazendo inspeções em rios e principais pontos de captação de água bruta que abastece as famílias.

RISCO EXTREMO

No município de Cerejeiras foram realizados levantamento técnico da vazão, largura e altura da lâmina d’água nos rios Óleo e Araras, e o estudo da viabilidade de um ponto alternativo de captação de água, caso seja necessário suplementar o abastecimento.

De acordo com o diretor técnico e operacional da Caerd, o plano de contingência da Companhia para o município foi apresentado durante uma audiência pública, promovida pela prefeitura de Cerejeiras, com a participação de autoridades municipais e a população. “Estamos comprometidos em garantir que a população não sofra com a falta de água neste verão amazônico, que promete ser mais severo que em 2023”, afirmou.

No município de Colorado do Oeste, foi identificada a necessidade de desassoreamento do rio local. Em Espigão d’Oeste, a alternativa de captação de água do manancial Riozinho foi considerada, dado o risco do Rio Palmeiras secar novamente. Além disso, ações para contenção e desassoreamento constam no cronograma.

RISCO GRAVE

Outras cidades em risco grave, como Parecis, Santa Luzia d’Oeste, Ministro Andreazza, Castanheiras, Teixeirópolis, Nova União, Mirante da Serra e Ouro Preto do Oeste, também receberam a visita da equipe. Em Parecis, a avaliação apontou a necessidade de ampliar o reservatório da Estação de Tratamento de Água (ETA). Já em Ouro Preto do Oeste, foi inspecionada a obra de contenção do Rio Boa Vista, executada em julho para garantir a captação e distribuição de água.

Entre as principais ações do Plano de Urgência e Contingência da Caerd estão a limpeza e desassoreamento dos pontos de captação, contenção para elevação do nível da água, melhorias preventivas nas ETAs e nas Estações Elevatórias de Água Bruta.

“O foco é inspecionar e planejar medidas preventivas e corretivas para enfrentar a crise hídrica, principalmente no período mais crítico do verão amazônico e assegurar o abastecimento para todos”, enfatizou o diretor técnico e operacional da Caerd.

O diretor reforçou ainda, a participação das famílias para adotarem medidas necessárias de economia. “A crise hídrica é uma realidade e não temos o poder de alterar o curso da natureza. No entanto, podemos minimizar seus efeitos ao adotarmos um uso consciente da água. A responsabilidade é de todos nós, e pequenas atitudes hoje podem evitar um cenário de racionamento amanhã.”