Governador Marcos Rocha une esforços para o combate às queimadas em Rondônia
Com o objetivo de intensificar as ações de combate às queimadas, o governo Rondônia se reuniu na sexta-feira (16) com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Defesa Civil do estado, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO).
Na tentativa de conter os grandes focos de queimadas que estão prejudicando toda a população, agentes da Sedam têm realizado diversas operações nas áreas de preservação ambiental, onde há os maiores registros de focos de incêndio e calor. O grupo também é composto por policiais que estão realizando investigação e policiamento para identificar e prender os autores de queimadas ilegais, que estão prejudicando o estado.
Além das ações que estão sendo desenvolvidas no estado e com o intuito de unir esforços, o governador de Rondônia, Marcos Rocha fez contato com o governador do Amazonas, Wilson Lima, e este está adotando providências como o envio de número maior de efetivos, tanto da polícia como da Secretaria de Meio Ambiente e também do Corpo de Bombeiros, para combater a queimada ilegal que está prejudicando o estado de Rondônia, principalmente o município de Porto Velho.
Os militares do Corpo de Bombeiros estão em curso com a “Operação Verde Rondônia”, que iniciou suas atividades em 6 de junho de 2024, justamente para combater a prática desse tipo de crime. São seis bases distribuídas estrategicamente pelos municípios do estado, que registraram um total de 11.269 ações preventivas, 2.796 incêndios combatidos, 370 averiguações realizadas e 33 multas aplicadas.
“Com ações preventivas de combate a incêndio, resgate e salvamento, o CBMRO opera todos os dias em 17 unidades no estado”, disse o comandante-geral dos Bombeiros de Rondônia, coronel BM, Nivaldo de Azevedo Ferreira.
De acordo com o gerente regional do Censipam em Porto Velho, Caê Aires, foi identificado pelos meteorologistas; grande parte da fumaça das queimadas que chega em Rondônia é advinda do Sul do Amazonas e da Bolívia através das correntes de ar. “Dados de satélites mostram que a fumaça vem em grande parte da região do Apuí (AM), que possui um cenário de seca prolongada devido à crise hídrica”, afirmou.
Um dado importante apontado pela Sedam, mostra que as áreas de maiores incidências são justamente regiões com registro de invasão e litígio de terras, bem como áreas de preservação ambiental.
A Coordenadoria de Geociências, conjuntamente à Sala de Situação – Sedam/Cogeo, vem monitorando por meio de ferramentas de Sensoriamento Remoto e o uso de Geoprocessamento, o acompanhamento diário dos focos de calor no perímetro da América do Sul, constatando-se a incidência de queimadas em diversos estados da Amazônia Legal, incluindo a Bolívia.
Segundo o secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos, os órgãos de fiscalização do estado estão em campo há semanas, investigando para identificar os autores de práticas criminosas. Estes também estão distribuídos em subequipes para atuarem diretamente nos focos de incêndios.
CUIDADOS E PREVENÇÃO
A fumaça gerada pelas queimadas prejudica a saúde da população. As crianças são as mais afetadas pelas condições climáticas. A infectologista do Hospital Infantil Cosme e Damião (HICD), Antonieta Ferreira, destaca que nas últimas 48 horas, houve um aumento considerável nos atendimentos às crianças com quadros de garganta inflamada, bronquite, asma e rinite, mas sem necessidade de internação. O hospital atende crianças de todo o estado de Rondônia, da Bolívia, do Amazonas e indígenas.
O pediatra, Reginaldo Lourenço reforça a importância dos cuidados com alimentação, hidratação e higiene das crianças durante este período. “É muito importante que os pais redobrem a atenção, principalmente quanto à hidratação, alimentação e identificação de irritação nos olhos, pois nestes cenários aumentam as chances de doenças contagiosas como por exemplo, a conjuntivite”, explicou.
A Sesau orienta que é necessário a população ter atenção com os cuidados que o clima seco requer como:
• Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
• Evitar atividades e exercícios ao ar livre quando a qualidade do ar estiver prejudicada pela fumaça.
As ações do governo continuam por tempo indeterminado. Importante lembrar que, a população também pode colaborar com o combate às queimadas. Primeiramente tendo em vista a consciência de não realizar nenhum tipo de queimada. O tempo seco pode fazer com que o volume das chamas aumente e se perca o controle, causando assim, um grande problema. As denúncias também são importantes. Quem puder ajudar as autoridades, basta denunciar pelo 190 e 193.
- As informações são de utilidade pública.