Policial morre e outro fica ferido em confronto no Complexo da Maré
Vias expressas foram fechadas durante operação da PM do Rio
Confrontos armados entre policiais e criminosos no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, deixaram um policial militar morto e outro ferido. Os tiroteios ocorreram no início da manhã desta terça-feira (11), devido a uma operação da Polícia Militar (PM) na área para prender suspeitos de roubo de veículos em vias expressas da cidade. Até o período da noite, 24 pessoas foram presas e 11 fuzis foram apreendidos, além de outras armas e recuperação de veículos roubados, conforme balanço divulgado pela Polícia Militar.
O policial ferido, Rafael Dias Wolfgramm, está internado no Hospital Federal de Bonsucesso. De acordo com a PM, a ação ocorreu nas comunidades da Vila dos Pinheiros, Timbau e Baixa do Sapateiro.
Pelas redes sociais, o governador Cláudio Castro lamentou nesta noite a morte do sargento do Bope, Jorge Galdino Cruz. "Expresso o meu pesar e solidariedade aos amigos e à família do 3° sargento do Bope, Jorge Galdino Cruz, que morreu nesta manhã, durante ataque de criminosos aos policiais que faziam uma operação na Maré. O 2° sargento Rafael Dias Wolfgramm ficou gravemente ferido", escreveu.
Segundo a polícia, durante a operação, “um grupo de criminosos” incendiou um ônibus na Avenida Brasil, no entorno do conjunto de favelas. As pistas das Linhas Amarela e Vermelha, que dão acesso ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão/Tom Jobim) foram bloqueadas na manhã desta terça, mas, de acordo com a PM, já foram liberadas.
A Secretaria Municipal de Educação informou que 41 escolas municipais tiveram as atividades afetadas pelo tiroteio. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, duas escolas foram fechadas, deixando cerca de 900 alunos sem aula no turno da manhã.
Postos de saúde também tiveram o atendimento interrompido na manhã de hoje. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro Municipal de Saúde Vila do João e as Clínicas da Família (CF) Augusto Boal e Adib Jatene suspenderam o funcionamento. A CF Jeremias Moares da Silva manteve o atendimento à população, mas suspendeu as visitas domiciliares.