Seminário debate ações para garantir equilíbrio entre produção de alimento e meio ambiente
Durante a 11ª Rondônia Rural Show Internacional, realizada pelo governo do estado no período de 20 a 25 de maio, no município de Ji-Paraná, acontece o “Seminário de Agricultura de Baixo Carbono, Plano ABC+”, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), marcado para o dia 23, objetivando apresentar e discutir com representantes do setor produtivo o método de trabalho, com metas e ações para o desenvolvimento de políticas públicas elencadas em oito eixos tecnológicos. O objetivo é garantir a produção sustentável na agropecuária e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O assunto deve atrair o interesse do público visitante, em razão das dificuldades pelas quais vem passando o agricultor e pecuarista, sobretudo aqueles com áreas embargadas ou com ocorrência no Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que indica áreas desmatadas de forma ilegal. Estas áreas são o ponto focal para implantação da maioria das tecnologias do ABC+.
Na última reunião de trabalho do Plano ABC+, o Grupo Gestor Estadual (GGE), formado por várias entidades, esteve reunido para tratar dos ajustes de metas e ações, estabelecendo como pauta a criação dos Subcomitês de Infraestrutura, Logística e Captação de Recursos. Tecnicamente, as tecnologias preconizadas no Plano ABC+ contribuem para redução de gases de efeito estufa, com práticas regulares de manejo na agropecuária, mas é necessária a injeção de recursos financeiros para implementação das ações nas propriedades rurais.
SOBRE O PLANO
O Plano ABC+ está retratado em oito programas:
- Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas;
- Sistemas de Plantio Direto;
- Sistemas de Integração;
- Florestas Plantadas;
- Bioinsumos;
- Sistemas Irrigados;
- Manejo de Resíduos da Produção Animal; e
- Terminação Intensiva.
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
Para os técnicos envolvidos no projeto, a implementação desses eixos se mostra desafiador, tendo em vista que as metas são de grande importância para o setor primário do estado, solucionam questões de passivos ambientais e demandam grandes quantidades de recursos financeiros.
O Plano ABC+ foi apresentado pelo governador de Rondônia, Marcos Rocha, durante a última Conferência do Clima. Rondônia é um dos pioneiros a adotar e implementar as ações para redução dos gases de efeito estufa na Amazônia. “Precisamos produzir alimentos com qualidade, observando as boas práticas para proteger o meio ambiente e o equilíbrio de nosso clima”, ressaltou.
GRUPO GESTOR ESTADUAL
O titular da Secretaria de Estado da Agricultura, Luiz Paulo, defendeu a coesão do grupo gestor e o fortalecimento das entidades envolvidas, com o intuito de desenvolver as metas estabelecidas no Plano ABC+. “Rondônia está no caminho certo da produção, sem agredir o meio ambiente”, pontuou.
O Grupo Gestor Estadual é formado pelas seguintes instituições:
- Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri): coordenadora do grupo;
- Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura e Pecuária (SFA/Mapa);
- Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron);
- Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO);
- Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog);
- Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam);
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
- Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac);
- Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon);
- Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Rondônia (OCB/RO);
- Centro de Estudos Rioterra;
- Instituo Federal de Rondônia (Ifro);
- Universidade Federal de Rondônia (Unir);
- Companhia Nacional de Abastecimento (Conab);
- Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Rondônia (Aprosoja/RO);
- Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (Iabs),
- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae);
- Instituições financeiras; e, conta com o apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã-GIZ.