Greve de servidores administrativos de universidades federais é tema de debate na Câmara
Cerca de 30 universidades já aderiram às paralisações
A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (16) as greves dos servidores técnico-administrativos de universidades federais e de institutos federais por reajuste salarial.
A audiência foi proposta pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e recebeu o apoio das deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Erika Kokay (PT-DF), e dos deputados Reimont (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG).
Sâmia afirma que, até esta semana mais de 30 universidades e institutos federais já tinham entrado em greve, e outras 50 instituições analisam aderir à paralisação.
"Há um motivo centralizador para a mobilização desses servidores: a necessidade urgente da reposição de perdas salariais", afirma a deputada. Ela reconhece, no entanto, que a paralisação também tem outros motivos, entre eles: a precarização das condições de trabalho, o subfinanciamento dessas instituições e a falta de resposta do governo às demandas apresentadas.
Menos dinheiro
Sâmia ressalta ainda que, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 100% das universidades federais receberam, entre 2010 e 2022, valores inferiores ao necessário para manter o patamar de despesas por matrículas.
Debatedores
Representantes do governo e dos trabalhadores foram convidados para participar da audiência, que será realizada a partir das 16 horas, no Auditório Nereu Ramos.