TRIGO: Preço cai no exterior e retoma patamar de antes da guerra; no BR, valores avançam
Os preços externos do trigo caíram de forma expressiva ao longo da semana passada, influenciados pelo avanço da colheita do cereal nos Estados Unidos, pela desvalorização do milho – substituto na alimentação animal – e por expectativas de safra recorde na Rússia. Os primeiros vencimentos negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) e na Bolsa de Kansas caíram para os menores patamares desde o fim de fevereiro deste ano, antes do início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Na Rússia, a consultoria nacional SovEcon elevou as estimativas de produção interna de trigo para 89,2 milhões de toneladas, um recorde. Esse aumento foi justificado pela maior área destinada ao cereal e pelo clima favorável no país.
Já no Brasil, apesar das desvalorizações no mercado externo, os preços permanecem em alta, ainda sob influência da elevação do dólar e da baixa disponibilidade do trigo nacional. Colaboradores do Cepea informaram, inclusive, que está sendo necessário importar o cereal de países vizinhos, Argentina e Paraguai, para suprir a demanda interna no curto prazo.