Bravura e amor ao próximo marcam a história de sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia

A sargento do Corpo de Bombeiros Militar é um exemplo de bravura dentro da Corporação
08/03/2022 16:52
 | Fonte: Foto: Frank Néry e Keyla Duran
Foto: Frank Néry e Keyla Duran

Para as mulheres, a luta de conquistar o lugar que querem é diária. Mesmo com o estereótipo de que a atuação militar seja somente para homens, elas provam o contrário. Bravura, comprometimento, estudo e amor ao próximo são alguns dos atributos que fizeram a sargento BM Keyla Duran a se tornar um dos grandes destaques no Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO).

A sargento relata os desafios enfrentados e superação nas baixas expectativas. “Na formação da 1ª turma feminina, só tivemos instrutores homens. Não havia referência feminina a ser seguida, então inventamos e recriamos. Não é fácil ter sempre que provar para o mundo que somos capazes de fazer algo que aparentemente só pode ser feito por um homem. Foi muito desafiador, mas vencemos”, disse a bombeira.

“A mulher é importante em todos os setores”, disse Keyla, que atua há 20 anos na Corporação.

Na sua trajetória, a militar acumula diversas conquistas. Uma delas foi a Medalha do Mérito Bombeiro Militar, em 2015. Também foi promovida por bravura em 2021, chegando a ser 3° sargento por um ano, 2° sargento por quatro meses e atualmente serve como 1° sargento no CBMRO. Todas essas conquistas se devem a um acontecimento específico: o resgate de três crianças.

O RESGATE

Há oito anos, Keyla estava de folga na casa da mãe, quando ouviu gritos da residência da frente. Eram três crianças, com idade entre quatro e seis anos que brincavam no quintal. Elas subiram na tampa de madeira que cobria um poço; com o peso das crianças a tampa rompeu e elas caíram.

Feridas e desesperadas, gritaram por socorro sendo ouvidas pelas mães. Keyla foi até o poço e, com o apoio de vizinhos, desceu até o fundo amarrada em uma corda. Após concluir o resgate das crianças, a militar foi retirada do poço por colegas bombeiros que foram chamados para atender a ocorrência.

A atuação dela teve forte repercussão na imprensa e redes sociais, onde foi chamada de heroína por muitas pessoas.

Atualmente, uma das meninas salvas, Laís Miranda, de 14 anos, se sente muito agradecida pelo ato da bombeira. “Ela salvou minha vida. Então só tenho a agradecer por isso. Ela é um exemplo para mim em todos os sentidos”, declarou a jovem.

Desde então, Keyla tem obtido reconhecimento dentro da Corporação.

POTENCIAL DE CADA MULHER

Neste Dia Internacional da Mulher, a bombeira militar reforça a necessidade da mulher acreditar em si e no seu potencial para fazer o que quiser. “Mulheres, não se minimizem. Não deixem ser convencidas de que somos o sexo frágil. Somos muito fortes. Nossa delicadeza e sensibilidade reforçam isso. Acima de tudo, somos mulheres”, concluiu.