O processamento das laranjas da safra 21/22 está em ritmo mais intenso que o normal nestes primeiros meses de 2022. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve à característica da safra, mais tardia – com maiores participações da terceira e da quarta floradas. No entanto, agentes industriais preveem desaceleração ainda em março, tendo em vista a estimativa de menor volume disponível de laranjas. Por enquanto, a previsão é de que pelo menos duas das cinco unidades abertas terminem as atividades neste mês, sendo uma ainda na primeira quinzena. Quanto às compras das laranjas de 21/22 no segmento spot, os preços seguem ao redor de R$ 30,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na processadora (considerando-se as empresas de grande porte).
Nas fábricas menores, o valor pago está entre R$ 30,00 e R$ 34,00/cx, também colhida e posta – os maiores valores são referentes a processadoras de suco integral. Para a lima ácida tahiti, com o pico da safra no estado de São Paulo, o processamento tem sido um importante canal de escoamento da variedade, enxugando a alta oferta no mercado doméstico. Atualmente, quatro fábricas paulistas (sendo uma das grandes empresas) estão moendo a fruta, com remuneração entre R$ 18,00 e R$ 20,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na processadora – no ano passado, a média de março foi de R$ 15,39/cx para esta variedade. No geral, o ritmo de moagem da variedade está aquecido, mas, assim como para a laranja, também deve se desacelerar a partir da segunda quinzena deste mês, quando o volume deve começar a diminuir em SP.