Os preços do café arábica oscilaram com certa intensidade ao longo de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, no início do mês, as cotações subiram, influenciadas pela alta nos valores externos e pela retração de vendedores no spot nacional. Já na segunda quinzena, os preços do arábica passaram a cair, com o movimento de queda ganhando intensidade no final de fevereiro.
Essa baixa, por sua vez, esteve atrelada às desvalorizações externas e do dólar no período. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a queda foi reflexo de fatores técnicos – com a venda de contratos, após a forte alta no começo do mês – e também de instabilidades externas diante do conflito entre Rússia e Ucrânia, que estimulou traders a cortarem suas posições em ativos com maior risco, como commodities agrícolas, e migrarem para ativos como o ouro.
No acumulado do mês (entre 31 de janeiro e 25 de fevereiro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital, recuou 2,7% (ou 39,91 Reais/sc), encerrando o mês a R$ 1.434,43/saca de 60 kg. Ressalta-se, no entanto, que os fundamentos ainda seguem positivos para o café (preocupações com a oferta e a logística em 2022).