Pequenos negócios geraram quase 80% das vagas de trabalho, em outubro
Mesmo após revisão do cálculo do Caged, micro e pequenas empresas continuam sendo as grandes responsáveis pela geração de empregos no país
Com a abertura de 201,7 mil novos postos de trabalho, as micro e pequenas empresas foram as responsáveis por 79,7% das 253 mil vagas criadas no mês de outubro, de acordo com levantamento realizado pelo Sebrae com base nos dados disponibilizados pelo Caged, do Ministério da Economia. Nos meses anteriores, esse percentual girava em torno de 70%.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, mesmo com a nova metodologia adotada pelo Caged, as micro e pequenas empresas mantiveram o bom desempenho apresentado desde a retomada da geração de empregos no país. “Mesmo com um quantitativo menor do que o observado nos últimos meses, devido à mudança de metodologia, os pequenos negócios são os que mais têm ajudado no aumento da criação dos novos postos de trabalho no país. São eles os grandes responsáveis pelo sustento de milhões de famílias brasileiras”, ressalta Melles.
No acumulado do ano, 72,7% das vagas criadas entre os meses de janeiro e outubro estão sob o guarda-chuva dos pequenos negócios. No total, foram gerados, no Brasil, 2,6 milhões de empregos, sendo que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 1,9 milhão. “Nesse mês de outubro, o acumulado de vagas criadas pelas MPE cresceu de cerca 1,8 milhão para 1,9 milhão, enquanto que nas médias e grandes, o incremento foi de apenas três mil vagas, passando de 587,7 mil para 590,7 mil”, observa o presidente do Sebrae.
Setores
Quando analisada a geração de empregos por setor, no mês de outubro, as micro e pequenas empresas do segmento de Serviços foram as que mais criaram vagas (87,5 mil), como vem ocorrendo nos últimos meses. Em segundo lugar ficaram as empresas do Comércio com 61,3 mil novos postos de trabalho, seguidas pelas da Indústria da Transformação (28,4 mil) e Construção Civil (22,6 mil). Apenas os pequenos negócios da Agropecuária apresentaram um saldo negativo de 1.153 vagas.
Já quando analisadas as empresas de médio e grande porte, no mesmo período, dos principais setores monitorados, três apresentaram saldo negativo. Construção, com fechamento de 6,7 mil vagas, seguida pela Agropecuária (- 2,3 mil) e Indústria da Transformação (-81). Nesse segmento, o setor de Serviços apresentou um incremento de 53,9 mil vagas e o Comércio de 7,1 mil novos postos.