Impacto da pandemia é abordado no Encontro de Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes

Foram abordados os impactos que a pandemia da covid-19 causou na doação e transplante de órgãos na região Norte e no Brasil.
04/12/2021 11:15
Atualizado 04/12/2021 11:15
 | Fonte: Foto: Frank Néry
Foto: Frank Néry

O I Encontro de Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes de Rondônia (CIHDOTT’S) foi realizado na sexta-feira (3), com o objetivo fortalecer questões importantes para efetivação da doação de órgãos para o Estado. O evento contou com a presença de médicos especialistas, palestrantes de outras regiões e membros de unidades hospitalares dos municípios.

Destacado pelo Governo de Rondônia, o Encontro teve o apoio da Central Estadual de Transplantes, a Organização para Procura de Órgãos (OPO) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O CIHDOTT é uma comissão intra-hospitalar formada por equipe multiprofissional da área de saúde, que tem a finalidade de organizar, no âmbito da instituição, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes.

O encontro  também abordou os impactos que a pandemia da covid-19 causou na doação e transplante de órgãos no Brasil e na região Norte, mostrando queda no número de transplante no ano de 2020.

A gerente da Central Estadual de Transplante, Renata Restier destaca a pretensão de realizar o encontro anualmente. “Nosso primeiro evento era pra ter acontecido ano passado, mas por causa da pandemia, tivemos que adiar. Agora, que estamos podendo realizar esse projeto, o objetivo é que possamos realizar todos os anos, como forma de fortalecer as equipes das unidades de Rondônia”, conta Renata. 

O encontro tirou dúvidas de técnicos presentes nas palestras e também realizou um estudo mais aprofundado sobre fatores da morte encefálica. 

“A morte encefálica é a morte do cérebro (encéfalo), de todas as suas partes, incluindo o tronco cerebral que é a parte do encéfalo que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a temperatura do corpo. Quando existe morte do encéfalo, a parada do coração e de todos os órgãos é inevitável depois de algum tempo. As funções do corpo só conseguem ser mantidas temporariamente de modo artificial pelos equipamentos existentes em uma UTI”, explicou médica e coordenadora do Sistema Nacional de Transplante (SNT), Arlene Badoch

A médica enfatizou que é através da morte encefálica que é possível a doação de órgãos e mostrou o cuidado que o profissional precisa ter em conversar com a família para pedir a autorização para o transplante.

Outros temas como desafios da Captação e Transplante Hepático; Imunogenética no Transplante e  validação do potencial doador de órgãos, também foram discutidos pelos profissionais presentes.