A cerimônia de entrega da 21ª edição do Prêmio Innovare ocorreu nesta quarta-feira (11), na sede do Supremo Tribunal Federal . Na categoria CNJ, o prêmio foi concedido ao Tribunal de Justiça de Rondônia pelo projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas, pela segunda vez consecutiva.
O magistrado da comarca de Ji-Paraná, juiz Maximiliano Deitos, idealizador da prática, ressaltou que percebeu “a necessidade de dar celeridade e eficácia a destinação de madeiras que são apreendidas e reverter ao meio ambiente e a sociedade o produto do crime ambiental”.
O coordenador do projeto, Walmir Étori, também diretor de Parcerias do CIMCERO explicou que os municípios construíram viveiros e estão produzindo mudas. “O Tribunal de Justiça de Rondônia viabilizou a madeira, viabilizou os sombrites, viabilizou as sementes e as sacolinha. Nós passamos por uma crise climática mundial, então sempre convidamos a todos a nos ajudar a cuidar da Amazônia”, enfatizou.
O engenheiro florestal Caio Bispo, atual secretário municipal do Meio Ambiente de Ouro Preto do Oeste, detalhou que no viveiro do município realizam a “distribuição de mudas para o pequeno agricultor e aos que tem áreas para recuperar como nascentes, matas ciliares, além da arborização urbanas e áreas degradadas, como o lixão”.
Já o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jussiglê Bispo Rodrigues, ressaltou que “o próprio poder Judiciário cobrou uma participação mais efetiva da PRF no combate a crimes ambientais. Realizou a capacitação dos policiais, o que gerou um grande número de apreensões. Uma das grandes dificuldades que tínhamos na fiscalização de crimes ambientais era a demora na vazão destas madeiras”.
PROJETO
Madeiras apreendidas em operações de combate ao crime ambiental são reutilizadas para reformar e construir viveiros. Além disso, são produzidas mudas nativas que contribuem para a recuperação de áreas degradadas e preservação da Amazônia. Mais de 30 viveiros foram construídos ou reformados graças à iniciativa.
PRÊMIO INNOVARE
Foram avaliadas 732 iniciativas. Na fase final, dez estados e o Distrito Federal concorreram ao prêmio. As práticas premiadas abordaram diversos temas, entre eles defesa do meio ambiente, inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, remissão de jovens envolvidos na prática de atos infracionais, promoção e defesa dos direitos humanos e capacitação de lideranças sobre direitos indígenas e indigenistas.
