Fio de alta tensão solto da Energisa provoca incêndio no bairro Novo Cacoal

Moradores denunciaram omissão da concessionária, que encaminha as chamadas para o atendimento eletrônico
Há 7 horas
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Um incêndio provocado por um fio de alta tensão da Energisa que se desprendeu causou pânico e indignação em moradores do bairro Novo Cacoal. O acidente aconteceu na tarde desta terça-feira (09), no cruzamento das avenidas Recife e Santos Dumont.

As chamas, que rapidamente se alastraram pela grama extremamente seca, não levou perigo extremo, nem causou grandes prejuízos, mas assustou os moradores e ainda deixou parte da população sem energia elétrica por algumas horas.

Segundo relatos de testemunhas, o cabo de alta tensão se soltou e, ao tocar o solo, deu início ao fogo que se espalhou em questão de minutos pela grama.

O Corpo de Bombeiros, que se mobilizou para conter as chamas e evitar que atingissem residências próximas, chegou rápido. O calor e a fumaça incomodaram os moradores das proximidades de onde o fogo ocorreu.

Apesar da situação, moradores denunciam que tentaram insistentemente entrar em contato com a concessionária de energia, sem sucesso. As ligações, segundo relatos, eram automaticamente direcionadas para atendimento eletrônico, sem qualquer retorno humano ou técnico por parte da empresa.

“Ligamos várias vezes e ninguém atendia. Enquanto isso, o fogo avançava e a gente ficou com medo de tomar choque e que as chamas chegassem nas casas. É um absurdo que uma empresa responsável pela energia de todo o estado ignore uma situação dessas”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.

A falha da Energisa, nesse caso, transcende o aspecto técnico. Trata-se de uma questão de segurança pública. A morosidade no atendimento de uma emergência envolvendo fios de alta tensão configura, no mínimo, negligência, com potenciais consequências trágicas. A situação expôs a relação frágil entre os clientes e a concessionária.

Até o fechamento desta matéria, a Energisa não havia se manifestado publicamente sobre o ocorrido. A população, por sua vez, cobra providências urgentes, tanto da empresa quanto das autoridades competentes, para que situações como essa não se repitam — e para que o direito básico à segurança e ao atendimento emergencial seja respeitado.