Investimentos privados preparam Rondônia para vencer os desafios do lixo urbano

Estado avança na coleta e tratamento dos resíduos com serviços e obras de empresas especializadas no setor 
15/03/2021 20:11
Atualizado 13/01/2022 12:11
 | Fonte: FOTO: ASSESSORIA
FOTO: ASSESSORIA

Até o ano de 2050, a produção de lixo urbano no Brasil deve alcançar 120 milhões de toneladas anuais, 50% maior do que nos dias de hoje, com suas 80 milhões de toneladas. Mas, o que preocupa é que quase 40% dos resíduos sólidos urbanos gerados no País, todo ano, cerca de 30 milhões de toneladas, são despejados em lixões a céu aberto e nos ditos aterros controlados.

A situação é caótica em algumas localidades e 78 milhões de habitantes já sofrem com a destinação inadequada do lixo, afetando a saúde dos moradores e causando prejuízos e custos ambientais em 1 bilhão de dólares/ano – aproximados R$ 5,5 bilhões, em valores atuais.

Os dados são Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o que reforça a necessidade de investir cada vez mais no setor. 

Neste cenário, os municípios que recebem investimentos em coleta e tratamento do lixo urbano podem dar respostas positivas para as questões ambientais, que refletem nas condições sanitárias. 

E saúde é o que mais se discute no País, atualmente, depois das primeiras notícias da chegada do novo coronavírus em território nacional, ao final do mês de fevereiro de 2020.

Em Rondônia, a ‘lição de casa’ no quesito lixo urbano vai ganhando pontos. O Estado desenvolve soluções para a área, com destaque para o setor privado. A tarefa de ajudar na preservação do meio ambiente e, consequentemente, atuar pela saúde dos moradores, começa na coleta do lixo, com a capacidade técnica e agilidade da empresa RLP – Rondônia Limpeza Pública e Privada.

A empresa já trabalha em quatro cidades rondonienses: Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná, onde os gestores olham além para as questões ambientais, com reflexo no bem-estar da população. Nestes municípios, a RLP faz coleta de cerca de 230 toneladas de lixo, por dia, com boa logística e o trabalho especializado de 108 garis e 37 motoristas, auxiliados por 23 caminhões coletores, com o apoio de um gerente, uma secretária, seis supervisores e três auxiliares de limpeza.

E outra boa notícia vem no caminho da história: a totalidade destas 250 toneladas é transportada para os aterros sanitários regionais da empresa MFM Soluções Ambientais em Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná.

Nas obras da MFM, o lixo é disposto e tratado corretamente, inclusive com os cuidados com o chorume (líquido infectante da decomposição do lixo orgânico) e dos gases gerados. Metade das 52 cidades de Rondônia já faz a disposição e tratamento adequados do lixo urbano nos aterros sanitários da MFM, beneficiando cerca de 800 mil moradores no Centro-Sul do Estado.

E tem espaço para crescer mais, pois alguns municípios destas regiões ainda teimam em manter seus lixões a céu aberto, o que está na contramão da boa gestão e das opções em serviços.

TEMOS ‘NORTE’
Os investimentos da RLP e a MFM em Rondônia colocam o Estado em posição de destaque na região Norte do Brasil na questão do tratamento do lixo urbano. Um texto do repórter Vinícius Lisboa, da Agência Brasil, mostra que Rondônia avançou em relação aos seus ‘vizinhos’ nortistas, que ainda têm baixo percentual na destinação correta dos resíduos: “a exceção é Rondônia, onde há 43 cidades com a destinação considerada correta”.